22/09/2008

(Sobre)vivências paradoxais


"Vivemos de forma paradoxal: não conseguimos passar sem o maravilhoso mundo do progresso e das novas tecnologias, mas ao mesmo tempo sentimos uma incontrolável necessidade de “regresso às origens”, de contacto com o que é “natural”, e uma inexplicável nostalgia do “passado”, de um antes que nunca experimentámos, e que só conhecemos de ouvir outros contarem. É destas aparentemente inconciliáveis partes de um mesmo todo que se faz o nosso dia-a-dia no início do século XXI, que nos põe freneticamente à procura de “actividades” que possam responder a todas estas ansiedades que sentimos e que nos levam da imersão no mundo virtual à corrida pelas matas e florestas para “observar” a natureza. (…)" [Sofia Barrocas (Notícias Magazine, nº 852, 21 de Setembro de 2008)]


Na verdade, muita gente vive nesta aldeia global - a Terra -perfeitamente apartada, a tempo inteiro, do “maravilhoso mundo do progresso e das novas tecnologias”. Sim, nomeadamente esses que ainda vivem a insubstituível aventura de pleno existir a/na natureza naturalmente.
Estive ausente uma semana no monte e por lá ficava… Não senti necessidade alguma de internet, de televisão ou de outras distracções perfeitamente dispensáveis. A vida bem real e palpável terá pouco de virtual e muito de concreto. E, nessa base, ainda bem que vou ficar mais outro tanto tempo noutras paragens bem reais...

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