04/03/2009

Viver numa caverna (I)

Maria Mota da Silva vive há dois anos numa gruta situada na margem do rio São Francisco, perto da cidade de Delmiro Gouveia (Brasil). Esta mulher de 59 anos, também conhecida como “Maria dos Pastéis”, trocou o conforto de sua casa para viver com o marido, Manoel Gomes, de 28 anos.
A Maria dos Pastéis possui três barcos para efectuar o transporte das mercadorias necessárias à subsistência do casal e para vender aos turistas. “Faço isso uma vez por semana. Dia 7 de janeiro [de 2009] completamos dois anos de vida aqui. A vantagem é que não tem confusão e nem barulho. Só mesmo o som das águas.” - declarou à Globo.
O casal optou por morar na gruta por ser um local onde podiam usufruir da natureza, tranquilo e próximo do local de trabalho. “Aqui é muito saudável, mas eu não nado porque tenho medo dessa água. É bom viver aqui porque não tenho stress e ainda consigo trabalhar.
É de barco também que ela e o marido saem para trabalhar quando há passeios turísticos pelos canyons da Usina Hidrolétrica de Xingó. “A gente pega as nossas coisas assim que o primeiro barco com turistas passa por aqui”, disse Maria dos Pastéis. O trajeto de barco, sem motor, é de aproximadamente 400 metros. A gruta onde vive o casal fica no caminho das embarcações que levam os turistas para um mergulho nas águas do Rio São Francisco. O destino dos passeios turísticos é o atracadouro no meio de um dos canyons da região.

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