24/04/2015

Quem sabe?

Não sei se será por ser Abril, e vésperas de dia 25, mas ocorreu-me escrever algo neste blogue! Afinal tenho inteira liberdade de o fazer, pelo menos por enquanto... Depois de mais de um ano de interregno, voltámos, portanto, a postar neste espaço underground :)
O fenómeno da (aparente) ausência de expressão, pelo menos neste ambiente virtual, remonta à altura em que este espaço, de certo modo subterrâneo, passou a ser assumidamente o único blogue a nível mundial dedicado à espeleo-sofia. Nem mais! Foi, aliás, nessa altura quando passámos a compreender, de forma inteiramente oposta àquela que pensávamos anteriormente, o chavão "há que conhecer para proteger", no que concerne à conservação/protecção da natureza e, nesse contexto, dos ambientes subterrâneos em geral e dos endocársicos em particular. 
Terá sido preciso passar mais de uma década a "pregar aos peixinhos" para perceber que a divulgação do meio subterrâneo e da necessidade da sua protecção, a par de diversos alertas concretos sobre a destruição de várias grutas, de pouco ou nada serviu? [Mais nada do que pouco, aliás!] Essa questão ou constatação, verdade seja dita, pouco ou nada importa na sequência dos eventos espeleosóficos subsequentes... Por outro lado,  e só por isso a nossa postura já se justificaria, a mudança de paradigma foiper si, a seu modo, bastante refrescante ;-)
A natureza subterrânea não precisará, portanto, de ser conhecida para ser protegida. A melhor protecção, muitas das vezes, passa pelo simples facto/acto de não incrementar a atracção por esses espaços de escuridão profunda, não ir, não fazer, deixar estar (ao que poderíamos acrescentar "ao Deus dará"). A ignorância do "mundo subterrâneo" evitará certamente visitas perfeitamente dispensáveis e mesmo indesejáveis que só irão contribuir para a profanação desses espaços sagrados.... Se andei um ano a meditar para chegar ou expressar tão brilhante conclusão? Quem sabe?! Quem sabe por onde andei ou deixei de andar? Ou o que é que isso possa interessar para o caso?! Se estive nas grutas ou as grutas em mim? Quem sabe, se por estas e por outras, só para o ano (ou antes ou depois?) é que voltarei a postar nesta "chafarica virtual" dando continuidade a este entretenimento espeleosófico? Quem sabe? 


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